A
grosso modo, o sistema Drousys foi um sistema criado a partir de 2006 pelo
departamento financeiro para ser usado para pagamento de propina, e os
servidores deste sistema foram hospedados em Genebra na Suíça (a principio em Angola, pensaram em hospeda-lo no Panamá).
O
MyWebDay “B” foi criado a partir de adaptações em um software
usado pela área financeira da Odebrecht. A máquina que armazenava
os relatórios gerados, com os gastos de cada executivo, obras
relacionadas aos pagamentos, entre outras informações, foi levada
para Angola para ficar em local seguro. O link de conexão, porém,
fez a empresa repensar a estratégia.
Porque
eles escolheram a Suíça ?
A Suíça é
considerada, por especialistas neste caso, como um dos países mais
seguros do mundo, além de ter uma das melhores estruturas para data
centers. As informações são
do administrador Camilo Gornati em delação.
O
sistema Drousys operou até meados de 2014, a partir
desta data foi substituído por outro
sistema, também hospedado na Suíça. Os dados do Drousys
foram transferidos para este novo sistema, que funcionou até meados
de 2016. Sendo este segundo sistema desativado pelo MP da Suíça.
Além
da facilidade de transferência dos valores, o sistema
também disponibilizava um e-mail interno para comunicação
entre o setor de propinas da Odebrecht e os propinados.
A
cada solicitação de pagamento, era
seguido um protocolo rígido da
operação. Criava-se um apelido (login)
para encobrir
a identidade do destinatário, assim,
os usuários do sistema
não identificariam uns aos outros.
O
Ministério Público da Suíça entregou a Lava Jato o backup
do Sistema Drousys, assim, a lava-jato tem como comprovar quem
recebeu dinheiro de propina da Odebrecht.
Ainda
não foi informado se foi entregue a Lava-jato os dados do sistema
que substituiu o Drousys.
Quem davam os codinomes aos propinados, eram os operadores do departamento da área financeira da Odebrecht, já de posse das listas, basta perguntar aos operadores e saberemos quem foram os beneficiários das transferências
Sendo claros evitaremos especulações na grande mídia e nas redes.
Partindodeste princípio, fica fácil saber quem recebeu propina da empresa, ou não?